Ás vezes eu penso de forma egoísta
Que tenho o maior problema do mundo
Mas de repente a minha vista
Depara-se com gente que vive
Com problemas bem mais profundos.
Minhas lágrimas ás vezes parecem eternas
Mas secam de repente,
Quando enxergo o olhar triste
De uma criança doente.
Tem dias que não suporto chegar em casa
Pois queria um lugar melhor para morar,
Então... Paro à frente da TV
E vejo tanta família na rua
Desejando ao menos uma coberta
Para poder se aquecer
Quatro paredes para poder dizer
Tenho casa para viver.
Da vontade de desistir de vez
Quando se gasta num dia
O que se ganhou em um mês.
Então me deparo com um sujeito
Que há meses sem trabalho
Não tem mais o que comer.
Fico às vezes irritado com
Meus filhos que só querem brincar
Então, encontro alguém chorando,
Porque perdeu seus filhos e
Que seus braços estão vazios
Sem o filho para acariciar.
Então pergunto a Deus
Por que tanta injustiça?
Hoje vejo filhos
Matando os pais,
Pais matando filhos,
Irmão matando irmãos,
Por que tanta descrença
Tanta desgraça
Entre os filhos teus?
De repente me disse uma criancinha
Tio, aqui não nasce flor,
Pois só plantaram erva daninha.
Refleti sobre a semeadura e a colheita,
Então, vi o quanto sou feliz,
E como são pequenos meus problemas
Por isto, agradeço a Deus,
Pelo que eu sou
E pelo o que eu tenho
Pois quanto mais olho
Para os lados
Vejo o quanto sou abençoado
Por ter uma família,
Amar e ser amado.
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