quarta-feira, 18 de março de 2015

PRENDA

                              






“Prendinha” ouvia minha mãe chamar
E ela, a cachorrinha,entendia o chamado,
Correndo faceira e sem acuar
Ficava quietinha deitada ao seu lado.

Cadê a prendinha minha cachorrinha
Falava minha irmã chegando em casa
E latindo na forma de choro e alegria
Fazia a festa sentindo-se amada.

Passou mais de uma década
Enchendo a casa de alegria
Por aqui chegou bebezinho
Cativando-nos dia a dia.

Foi um ser presente em nossa pior perda
Na ausência de nosso amor maior
Quando triste ao lado da cama da mãe
Expressava também sua dor.

Porém o tempo passou e tu envelheceste,
E a vida que a todo ser vivo se apega
Aos poucos foi se desprendendo de ti
Escureceu o teu olhar e te deixou cega

E partistes sem querer, sem saber,
Para encontrar o amor de todos nós
Para quem ama é difícil esquecer
Aquele latir do som da tua voz.

Prenda... Por que chegou no  vinte de setembro,
Tão linda pequenina, bem que me lembro,
Com certeza somaste para a felicidade
E hoje nos adiciona mais uma saudade.




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