A bolacha era da padaria América,
lá de Rivera,
Aonde cedo, eu ia sem medo buscar,
Para a venda do tenente Pedro.
No caminho dava desfalque
não aguentava a tentação
e adorava vir pela rua
comendo tão gostoso pão.
A bolacha era pesada
na saída e na chegada,
o tenente sabia do pedágio
E o pouco que faltava
ele jamais reclamava.
Ainda me dava trocados
e um quilo de bolacha.
Eu voltava pra casa faceiro
pra tomar café
com pão molhado na graxa.
Hoje lembrando essa época
eu acho ate graça
do bem que me faz.
Ainda tinha a pescaria
na velha rural do tenente.
Otacilio... Florentina...
Pampeiro...
Era sua rota de terapia
tradicional.
para nós, o passeio e o banho,
o salto da ponte era uma festa.
Recordações que a memoria
empresta
para passarmos para a escrita
e eternizarmos sem segredo,
esta relíquia do passado.
Da época que eu buscava bolacha
pra venda do tenente Pedro.
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