Pelos campos de Livramento
Carreguei minha esperança
Num saco de estopa
Pendurado nas minhas costas.
Era menino... Ainda criança
Na luta por uns trocados
Para ajudar minha querida mãe
Que o meu pai havia abandonado.
Não tinha hora nem dia
Saio eu o “Careca” e o ‘Toninho’,
Amigos do coração,
Que dividiam comigo sua infância
E juntos carregávamos esperança
Dos ossos que juntávamos.
Era perto de casa que eu vendia
Para depois com eles dividir
O lucro do dia pago pelo seu Homero,
E a dona Nair.
Pelos campos de Livramento
Que hoje são bairros povoados
Tal qual meu pensamento
Habitado por estas lembranças
Do tempo que eu juntava osso
Pelos campos de Livramento.
Como são doces estes momentos
Ao lembrar os amigos, ‘careca’ e ‘Toninho’.
Daquele longínquo tempo
Em que éramos crianças
Mas já trabalhávamos juntando osso
Pelos campos de Livramento.
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