terça-feira, 5 de maio de 2015

CRIANÇAS DE RUA

 



Na noite fria, penso em você,
Que vi na rua, tão menino,
Seus olhos tristes fazem-me sofrer
Olhos que vi na rua, tão menina.

Meu banho quente, agora gelado,
Por não conseguir esquecer,
Por momentos fico assim, estagnado,
E confesso, não sei o que fazer.

Meu coração dói em pensar
Que na fria madrugada
Encolhidos em algum lugar
No meio do frio, vocês vão estar.

Não consigo dormir e volto ao sinal
No silencio frio as luzes a piscar
Vejo crianças tapadas com jornal
Meninos, meninas, dormem afinal.

Não sei como eles vencem o frio
É como se Deus lhes aquecesse
Preenchendo todo o vazio
E seus anjos lhes protegessem

Volto para casa na noite fria
Tentando dormir sem esquecer
A realidade da criança no dia a dia
que por tantas ruas vivem a sofrer.

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