sexta-feira, 22 de maio de 2015

NEM TUDO ESTA PERDIDO





Eu vi uma criança chorando
Fiquei tão triste,
Por que a tristeza existe
Num coração infantil.
Quis saber o motivo
Daquela lagrima inocente
Perdida naquela multidão
Falou-me que o problema
Era a fome e a dor
Que a gente sente.
Emocionado peguei sua mão
“venha vamos almoçar”
Aqueles olhinhos me encararam
Não sou eu não senhor,
“É aquele homem ali na frente.”
Um andarilho caído na calçada
Invisível aos que passam,
Gemia bem baixinho.
Desidratado e com fome
Jogado a própria sorte
Em condições degradantes
Só esperava a morte.
- Vamos salvar ele senhor!
Senti-me tão pequeno
Com tão grande gesto de amor.
Tomei todas às providencias
Dirigido por minha consciência
E aquele pequeno anjo salvador.
Depois de tudo pronto
Procurei aquele rosto inocente
Que salvou aquela vida
De um final tão cruel,
Perdi-o no meio de tanta gente,
Mas as pessoas não somem, pensei,
Alguém de repente me falou,
Esse some, eu sei,
E deixa esse arranjo de flores
Com cheiro de mel,
Se é menino, homem ou anjo,
Não sei, sei que às vezes aparece,
Como se alguém fizesse uma prece
seu nome e Gabriel
pensei que o senhor soubesse.



  

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