Eu vi um menino caído
na beira da praia,
um anjo adormecido
que o céu havia perdido.
Eu vi o mar em prantos
águas transbordando lágrimas.
tentando acordar aquele menino.
Talvez fosse um sonho
a tempestade no mar,
e a esperança de rosto risonho
ainda fosse despertar,
e com ele despertasse o direito
que um povo tem de viver e sonhar.
Eu vi um menino caído
na beira da praia
acariciado pelas águas do mar
qual mãe que o filho ampara
na morte que liberta,
da esperança que cobra pedágio
no novo que foi sonhado
engolido por um naufrágio.
Eu vi um anjo a beira mar
que descobriu suas assas
e um céu para livre voar.
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