Foi no posto cinco do DAE
que eu, menino, conheci o cinema.
Era uma linda noite de verão,
e as paredes do posto foram
usadas como tela, para a projeção.
O filme, quis o destino,
ajudado pela dona Nena,
contava a estória de outro menino,
ensinando amizade e estima,
enquanto eu, ansioso sentado na grama,
estreante na platéia, contemplava,
Meu pé de laranja lima.
Lembranças que o tempo não apagou
gravadas na emoção infantil
sob um céu de estrelas mil
que o coração de uma criança iluminou.
Há um elo entre eu e o posto
desde aquela apresentação
da curiosidade estampada no rosto
e a mente cheia de imaginação.
e o posto que antes era sozinho
no meio de um descampado,
hoje até ele só há um caminho
uma lembrança e um povoado.
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