sábado, 7 de fevereiro de 2015

FUGA HOSPITALAR



Foi na pracinha brincando
No sobe e desce da gangorra
Que enfrentei meu primeiro dilema
Cai por cima do braço
E arrumei um problema.
O médico queria engessar
Minha mãe bateu a clara do ovo
Juntou com algodão
Lá estava eu com o braço
Ágil de novo.
Abusei da agilidade
Tive que ao médico voltar
Fiquei muito revoltado
Quando ele mandou me hospitalizar.
Um guri bem criança
Longe da mãe não sabia ficar
E lá no hospital
Só ficavam as freiras
Para me cuidar.
Meu mundo desabou
Quando naquele salão
Da Santa Casa minha mãe me deixou.
Não adiantou ela chorar
A freira sisuda logo foi dizendo:
- com a criança ninguém pode ficar.
Me “pelaram” e colocaram um avental
Mais parecia um hábito
Usado pelas freiras do hospital.
Aquela noite foi terrível
Nunca havia ficado sem minha mãe
Outra noite ali seria impossível
E coloquei meu plano de fuga em ação
Só que errei a porta da saída
E entrei na sala da direção.
Fui levado para o salão novamente
Porém incomodei tanto essas freiras
Que chamaram o Paulinho da “sandu”
- Agora o responsável és tu!
Não vamos esperar segunda- feira
Afinal o guri não esta doente
Por Deus, pega ele, leva pra casa,
Antes que ele bote fogo
No hospital da gente.


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