Era fim de agosto, frio e chuvoso.
Sai para noite... Para a escuridão.
Desvendar segredos da metrópole
Tendo como parceira a solidão
Não tive amigos, nem inimigos.
Disputava-se a sobrevivência
Na rua de todos nós
O silêncio era absoluto
Como testemunha apenas
As paredes do viaduto
O frio era intenso, disputado,
Eram as folhas dos jornais
Que serviam de cobertas
Então, eu via a noite passar,
Sem coragem de dormir
Àquelas horas desertas
Foram tantas aquelas noites
Que os dias, nem vi passar,
De dia qualquer lugar
Tornava-se seguro
Pois a noite não permitia
Descansar
Na rua se perde a identidade
Todo mundo é ninguém
Somente a força e a vontade
Recuperará alguém
Que longe de tudo
E de todos também
Morou debaixo do viaduto
Cobriu-se de jornal
Cercado pela noite
E por marginais
Mas tudo isso passou
Não foi um sonho
Ficou gravado na memória
E hoje faz parte
Da minha estória
Se um lado triste eu vi
Hoje, agradeço a Deus,
Pelo tanto que eu cresci
Adoro ler as tuas postagens são cheias de sentimentos puros e verdadeiros te amo meu irmão.
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